Distúrbios do movimento relacionados ao sono | Revista Médica Ed. 5 - 2011

A síndrome das pernas inquietas (SPI) é uma alteração sensório-motora que afeta sobretudo o sono da criança ou do adolescente. Já o distúrbio rítmico do movimento caracteriza-se por movimentos repetitivos do segmento cefálico e cervical.

Meu filho não para de mexer as pernas


Critérios diagnósticos para a SPI
1. Necessidade de mover as pernas decorrente de sensação desagradável
2. Piora da sensação nos períodos de repouso
3. Alívio parcial da sensação pelo movimento
4. Agravamento da necessidade do movimento e da sensação de desconforto à noite






A síndrome das pernas inquietas (SPI) é uma alteração sensório-motora com aspectos neurológicos que afeta sobretudo o sono e a qualidade de vida da criança ou do adolescente. Os pacientes descrevem uma necessidade irresistível de mover as pernas, normalmente acompanhada de sensação desagradável, desconforto e/ou inquietude. As primeiras descrições do distúrbio já reconhecem seu caráter familiar. O curso clínico varia, sendo crônico e progressivo, nas formas moderadas a graves, com queixas como interrupções do sono, incapacidade de adormecer e noites maldormidas. Para diagnosticar a síndrome na infância, devem estar presentes os quatro critérios diagnósticos do distúrbio, além do relato da criança, consistente com a sensação desagradável e/ou desconforto nas pernas, ou, então, é necessária a associação dos quatro critérios, sem o relato do paciente, com pelo menos dois dos seguintes aspectos: transtorno do sono, familiar de primeiro grau portador da síndrome e polissonografia com índice de movimentos periódicos dos membros ≥5.


Meu filho mexe a cabeça logo que dorme

O distúrbio rítmico do movimento, também conhecido como jactatio capitis nocturna, caracteriza-se por movimentos repetitivos que envolvem o segmento cefálico e cervical. Trata-se de um ocorrência típica da infância, que começa em torno dos 9 meses de idade e raramente persiste após os 4 anos. Os episódios duram por volta de 5 a 15 minutos e quase sempre ocorrem logo depois que a criança adormece. Estudos de polissonografia demonstram a presença de movimento rítmico na transição sono-vigília e no estágio 2 do sono não REM, identificando-o de modo mais raro no sono de ondas lentas ou no REM. Há um bom prognóstico para esses casos, que, na maioria das vezes, não requerem tratamento.

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Assessoria Médica em Polissonografia
Dra. Rosana Souza Cardoso Alves: [email protected]
Dr. Rodrigo Tangerina: [email protected]
Dra. Luciana Sousa Franco: [email protected]