Historicamente, a escolha da terapêutica mais adequada para cada paciente oncológico tem sido baseada sobretudo nos dados clínicos e anatomopatológicos. Em muitos casos, contudo, esses fatores, embora relevantes, isoladamente não são suficientes para discriminar a agressividade das neoplasias, sendo frequente a instituição de tratamentos de alta toxicidade muitas vezes desnecessários, como a quimioterapia.
Nesse contexto, o uso de marcadores moleculares está ganhando cada vez mais importância, na medida em que tal estratégia associa informações biológicas adicionais, possibilitando uma seleção mais criteriosa e individualizada da terapêutica, com impacto direto para o paciente.
O Oncotype DX® ilustra justamente esse cenário. Desenvolvido pela Genomic Health Inc. e recentemente incorporado à rotina do Fleury, esse grupo de ensaios multigênicos consegue identificar, pela técnica de RT-PCR, características biológicas específicas em tumores de próstata, cólon, mama invasivo e mama ductal in situ.
Na prática, as informações quantitativas sobre o nível de expressão de um conjunto de genes associados a cada neoplasia são combinadas por meio de um algoritmo matemático, resultando em escores que ajudam a guiar, de maneira individual, a decisão terapêutica.
Um painel específico para cada tumor
O Oncotype DX® está indicado para quatro tipos diferentes de tumor, apresentando um conjunto de genes associados à proliferação, à invasão e às vias de sinalização celular (veja quadro), específico de cada doença.
O câncer de mama invasivo, por exemplo, conta com um painel de 21 genes, designado para avaliar o risco de recorrência a distância e o benefício da quimioterapia adjuvante (QTa) nos tumores em estágio inicial, com receptores hormonais positivos e HER-2 negativo. Um escore de recorrência baixo, gerado pelas informações fornecidas pelo teste, indica doença indolente, sensível à hormonioterapia, com pouco ou nenhum benefício da QTa, enquanto um escore alto geralmente denota câncer agressivo, menos sensível à hormonioterapia e com ampla possibilidade de benefício da QTa.
Já para o CDIS de mama recém-diagnosticado, o Oncotype DX® estuda um grupo de 12 genes e quantifica o risco de recidiva local e de neoplasia local invasiva, auxiliando a discriminar os pacientes que se beneficiariam apenas da excisão cirúrgica daqueles em que tratamentos adicionais, como a radioterapia, devem ser considerados. Do mesmo modo, nos casos de câncer de próstata, por meio da análise da expressão de 17 genes, o teste tem impacto no momento do diagnóstico. Com valor para distinguir um tumor indolente de um agressivo, o Oncotype DX® é relevante na decisão entre vigilância ativa (active surveillance) versus tratamento imediato (cirurgia ou radioterapia).
O método molecular tem ainda destaque no câncer de cólon em estágio II ou III-A/B. Com base no estudo de 12 genes, é possível predizer o grau de recidiva do tumor após cirurgia curativa e tratamento com QTa e, assim, corroborar as decisões terapêuticas.
CDIS sob visão microscópica.
STEVE GSCHMEISSNER/SCIENCE PHOTO LIBRARY
Assessoria Médica |
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Dra. Mônica Stiepcich Dr. Aloísio Souza F. da Silva Dr. Renato José M. Natalino |
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