O número de casos de dengue no Brasil cresceu 43,9% nos primeiros meses do ano, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre 2 de janeiro e 12 de março de 2022, foram 161.605 notificações de prováveis infectados, com uma incidência de 75,8 por 100 mil habitantes (info.dengue.mat.br).
Há várias explicações para o aumento da doença, além das clássicas, relacionadas ao acúmulo de água das chuvas nos meses de verão. Os períodos de isolamento social em 2020 e 2021 parecem ter bloqueado o ciclo de transmissão em alguma medida, porém não se sabe exatamente como. Por outro lado, com as atenções voltadas à Covid-19, o monitoramento e as medidas de combate às arboviroses de maneira geral podem ter ficado comprometidos.
O fato é que, mesmo neste momento de outono, quando recrudescem as infecções respiratórias sazonais e há surtos de outras doenças infectocontagiosas, como o sarampo, é relevante suspeitar de dengue diante de febre alta, dor de cabeça, dores musculares, fraqueza e apatia, dores nas juntas e no fundo dos olhos, náuseas, vômitos e manchas no corpo –considerando que, epidemiologicamente, o risco de dengue ainda é razoável em diversas regiões do País.
O diagnóstico inicial da doença é clínico, ou seja, baseado na história e no exame físico da pessoa, porém a manifestação de sintomas comuns a diversas viroses, incluindo outras arboviroses, requer confirmação etiológica por meio de exames laboratoriais. Quadros exuberantes devem suscitar a exclusão de condições mais graves que apresentam manifestações semelhantes, como os casos de síndrome hemorrágica ou choque.
Embora os anticorpos específicos em geral não sejam detectáveis antes de 6-7 dias após o início dos sintomas, já no primeiro dia é possível usar métodos baseados na pesquisa de antígenos para o diagnóstico precoce de dengue. Confira os exames disponíveis, incluindo a sorologia clássica:
CONSULTORIA MÉDICA
Anatomia Patológica
Dra. Carolina S. Lázari
Dr. Celso Granato
Edição dedica suas páginas principais ao teste genético de avaliação da microbiota intestinal.
Como os testes diagnósticos de imagem desempenham papel fundamental no diagnóstico.
A ressonância magnética apoia o diagnóstico até mesmo antes da manifestação dos sintomas
Ressonância magnética permite a confirmação da síndrome e é alternativa à manometria por agulha.