A fisiopatogenia da doença de Alzheimer está associada à deposição cortical de placas beta-amiloide.
A fisiopatogenia da doença de Alzheimer (DA) está associada à deposição cortical de placas beta-amiloide (ßA), que tem sido usada, por conseguinte, como um marcador neuropatológico da doença. Essa alteração está presente em cerca de 88% dos indivíduos com diagnóstico provável de Alzheimer e parece ocupar papel central na neurodegeneração típica do quadro, embora também possa ser encontrada em outras formas de demência e em idosos sem quadro demencial clinicamente identificado.
Nos últimos anos, o desenvolvimento de biomarcadores para identificar a presença das placas ßA in vivo tem configurado um importante avanço no diagnóstico da condição, possibilitando a avaliação de indivíduos em estágio pré--clínico (assintomáticos), com declínio cognitivo leve e também aqueles já com o quadro demencial estabelecido.
Radiofármaco com afinidade pela beta-amiloide
Uma vez que o radiofármaco florbetabeno marcado com flúor-18 (18F-florbetabeno) é absorvido pelo tecido cerebral e apresenta alta afinidade pela proteína ßA, com excelente perfil de segurança, imagens de tomografia por emissão de pósitrons (PET-CT) podem ser realizadas com esse marcador para a detecção precoce da doença.
Quando positivo, o exame consegue confirmar a presença do depósito de placa ßA em pacientes com suspeita clínica, assim como sugerir uma possível progressão do quadro para DA em indivíduos com declínio cognitivo leve ou mesmo antes do aparecimento dos sintomas. Já quando negativo, ou seja, sem evidenciar depósito de placa ßA nas estruturas corticais, mas apenas na substância branca, exclui o diagnóstico da condição, dada a sensibilidade do método.
Dessa forma, o estudo de PET-CT para a pesquisa de placas amiloides ajuda a investigar pacientes com diagnóstico clínico de demência, mas sem etiologia definida, assim como aqueles com declínio cognitivo leve, a fim de melhor compreender a probabilidade de evolução do quadro. Com a disponibilidade de novos medicamentos dirigidos contra as placas ßA, atualmente o método ainda pode ser útil na seleção de indivíduos elegíveis a tratamento, auxiliando o controle da doença.
Vale ponderar que a interpretação dos achados deve ser criteriosa e sempre levar em consideração a clínica, a idade e os diagnósticos diferenciais. O resultado do exame é liberado em até três dias úteis.
Mulher, 68 anos, com queixa de perda de memória para fatos recentes e importante comprometimento da memória visuoespacial, além de déficit de aprendizado de novas informações visuoespaciais. Enquanto a glicose marcada (FDG) é um biomarcador de neurodegeneração (figura B), refletindo, portanto, o fenótipo da doença conforme a distribuição das alterações, o florbetabeno é um biomarcador da presença de deposição cortical de placa amiloide (figura A) e tem captação difusa.
À esq. exame positivo: captação do radiofármaco na substância branca e no córtex cerebral. À dir., exame negativo: captação do radiofármaco apenas na substância branca.
Consultoria Médica
Dr. Marco Antonio Condé de Oliveira
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Dra. Paola Emanuella P. Smanio
[email protected]
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