Manual de exames

Análise das mutações, do tipo ITD e TKD no gene FLT3, Vários Materiais

Outros nomes: Mutação do tipo TKD, no gene FLT3, Mutação do tipo ITD, no gene FLT3, Mutações no gene FLT3, Domínio tirosinoquinase FLT3, Mutação interna in tandem FLT3

Este exame precisa ser agendado

Orientações necessárias

I - Material
- Este exame pode ser realizado em sangue periférico ou em aspirado de medula óssea.

II - Coleta de aspirado de medula óssea no Fleury
- Caso seja solicitada coleta de medula óssea no Fleury, é necessário agendar previamente a punção.

III - Coleta de aspirado de medula óssea fora do Fleury
- Os materiais colhidos fora do Fleury devem ser entregues refrigerados (2-8ºC) em até 72 horas após a coleta.
- O Fleury não aceita amostras enviadas em seringa com agulha.

Para saber sobre estes exames e como realizar, acesse:
https://www.fleurygenomica.com.br/

Processamento e adequação da amostra

- Não manusear;
- Enviar à seção, refrigerado.
- Rejeitar amostras colhidas em heparina.
- Não será aceito material enviado em seringa com agulha.

- Serão consideradas amostras inadequadas, quando estiver fora do prazo de estabilidade, coaguladas e com baixo volume.

Estabilidade da amostra:
Temperatura ambiente: não aceitável;
Refrigerada (2-8 ºC): 72 horas;
Congelada (-20 ºC): não aceitável.

Método

Reação em cadeia da polimerase (PCR) e detecção automática por eletroforese capilar, com quantificação da carga alélica e razão de sinal para a mutação do tipo ITD.
Reação em cadeia da polimerase (PCR) da região do domínio tirosinoquinase (TKD) no gene FLT3, com uso de enzima de restrição e detecção automática por eletroforese capilar. Detecção de alterações pontuais na região c.2585-2590, códons 835 e 836 e detecção de pequenas inserções e deleções no domínio do TKD do gene FLT3.

Valor de referência

- Ausência da mutação.

Interpretação e comentários

Este exame é útil na investigação de pacientes que apresentam leucemia mieloide aguda (LMA) e deve, preferencialmente, ser realizado por ocasião do diagnóstico. No grupo de indivíduos que apresenta cariótipo normal, a realização da pesquisa da duplicação interna em tandem (ITD) e de mutação no domínio tirosinoquinase (TKD) do gene FLT3, juntamente com o sequenciamento do gene CEBP-alfa e a pesquisa de mutação no gene NPM1, contribuem para o planejamento terapêutico e a definição prognóstica.
O gene FLT3 codifica um receptor tirosinoquinase expresso em células precursoras hematopoéticas. As mutações mais comumente encontradas nesse gene incluem: a duplicação interna em tandem (ITD), presente em cerca de 20% dos casos de LMA, e a mutação no domínio tirosinoquinase (TKD) encontrada em aproximadamente 7% (mais comumente mutações pontuais nos resíduos D835/I836 da quinase 2).
A pesquisa de mutação FLT3 é útil na investigação de pacientes que apresentam leucemia mieloide aguda (LMA) e deve ser realizada por ocasião do diagnóstico, no monitoramento do tratamento e na recaída, pois a presença da mutação ITD confere prognóstico desfavorável, caracterizado por menor duração de remissão completa, menor sobrevida livre de doença e menor sobrevida global, exceto para pessoas com mais de 60 anos, devido ao fato desses pacientes habitualmente apresentarem outros comemorativos. Além disso, a relevância da detecção dessa mutação está no fato de ela ser passível de tratamento com medicações específicas, que devem ser introduzidas em momento preciso no esquema terapêutico.
A ITD é raramente encontrada em crianças. O achado do TKD também pode influenciar na evolução da LMA principalmente quando há associação com mutações em outros genes.

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