Outros nomes: Mutações do gene BCR-ABL para pesquisa de resistência ao tratamento com Glivec®, Pesquisa de resistência ao tratamento da leucemia mielóide crônica (LMC), BCR-ABL, mutações associadas à resistência a inibidores de quinases de tirosina, Mutação T315I, BCR-ABL1, detecção de mutações do gene, Vários Materiais, Detecção de mutações do gene BCR-ABL1 por sequenciamento, Detecção de mutações no rearranjo BCR-ABL1 resistentes ao tratamento
I - Informação sobre o exame
É necessário apresentar exames/laudos anteriores relacionados à patologia
II - Material
- A análise pode ser realizada em amostras de sangue periférico ou de medula óssea, a critério do médico solicitante, coletadas ou não no Fleury.
- Para coleta de medula óssea no Fleury, é necessário agendamento prévio
III - Material enviado
- A amostra deve ser mantida sob refrigeração e entregue até 36 horas após a coleta.
- O Fleury não aceita materiais enviados em seringa com agulha.
- Este exame tem restrição de atendimento, não é realizado aos domingos e feriados
Para saber sobre estes exames e como realizar, acesse:
https://www.fleurygenomica.com.br/
- Não manusear.
- Enviar o material o mais rápido possível para a seção, refrigerado.
- Rejeitar amostras colhidas em heparina
- Não será aceito material enviado em seringa com agulha.
- Estabilidade da amostra:
- temperatura ambiente: não aceitável;
- refrigerada (2-8ºC): até 36 horas;
- congelada (-20ºC): não aceitável.
- Transcrição reversa com posterior reação da cadeia de polimerase (RT-PCR), e com análise de produtos de PCR pelo sequenciamento método Sanger.
- Ausência de mutações.
- A utilização de inibidores de tirosinoquinase (mesilato de imatinibe, dasatinibe ou nilotinibe) é indicada para o tratamento de portadores com leucemia mieloide crônica. Contudo, alguns pacientes que utilizam esses medicamentos podem desenvolver resistência clínica primária ou secundária, que se caracteriza por falha na resposta, resposta subótima ou ainda perda de resposta previamente alcançada.
- A resistência à terapêutica pode ser multifatorial, incluindo mutações do gene BCR/ABL1, hiperexpressão da proteína BCR/ABL1, evolução clonal e diminuição da biodisponibilidade da droga ou exposição celular. Dentre os mecanismos associados à resistência adquirida estão as mutações pontuais do gene BCR/ABL1, particularmente em seu domínio de tirosinoquinase. Tais mutações modificam a conformação da proteína quimérica BCR/ABL1, afetando a ligação desses medicamentos no sítio específico desse domínio.
- Na prática, as mutações detectadas nos resíduos 253, 255 e 315 estão relacionadas com uma resistência elevada ao mesilato de imatinibe e costumam apontar a necessidade de modificação do tratamento. Por sua vez, a presença da mutação T315I sugere resposta desfavorável aos inibidores de tirosinoquinas e de primeira e de segunda geração disponíveis na prática clínica atualmente. É importante salientar, entretanto, que a maioria das alterações detectadas em BCR/ABL1 ocorre de forma esporádica, o que pode, em alguns casos, dificultar a interpretação de seu impacto clínico. Todavia, a identificação de mutações do gene BCR/ABL1 auxilia o médico na adoção de outras condutas terapêuticas personalizadas, entre as quais o aumento da dose do mesilato de imatinibe, a substituição do medicamento por outro de 2ª geração, transplante de células progenitoras hematopoiéticas ou de ensaios clínicos.