Outros nomes: Pesquisa e dosagem no sangue canabinóides, Pesquisa e dosagem no sangue maconha, Pesquisa e dosagem no sangue tetraidrocanabinol, Pesquisa e dosagem no sangue canabis, Pesquisa e dosagem no sangue THC
- Este exame é realizado somente com solicitação médica e não se destina a finalidades médico-legais.
- É necessário trazer documento de identidade (RG).
- Receber a amostra em embalagem REF e mantê-la nesta condição até a manipulação.
- Não centrifugar;
- Não aliquotar;
- Enviar no próprio tubo de coleta, refrigerado.
Estabilidade da amostra:
Temperatura ambiente: 72h;
Refrigerada (2-8ºC): 14 dias;
Congelada: 180 dias.
Triagem por imunoensaio, com confirmação e quantificação de casos positivos por cromatografia gasosa com espectrometria de massa (GC/MS).
- Não detectado.
- Os canabinoides se constituem num grupo de substâncias encontradas na planta Cannabis sativa, cujo componente psicoativo mais importante é o delta-9- tetraidrocanabinol (delta-9-THC). A forma de consumo mais comum dessa droga ocorre por inalação da fumaça do cigarro de maconha, de haxixe, ou de suas duas novas preparações, o AMP (maconha embebida em formaldeído, seca e posteriormente fumada) e o Skunk (seleção genética. Concentrações 7-10 vezes maiores de Delta 9 THC). A outra forma seria a via oral na forma de produtos contendo o princípio ativo.
- A ação do delta-9-THC no sistema nervoso central é dada sobre os receptores canabinoides presentes no cerebelo, hipocampo e córtex, que pertencem à família da proteína G A absorção pode ser via inalatória e digestiva, sendo o pico atingido em minutos pela via inalatória e de 1 a 4 horas pela via digestiva. O metabolismo é hepático, com a produção do 11 THC que se acumula nos tecidos, principalmente o adiposo. De maneira geral, os efeitos tóxicos relacionados com o consumo de THC em curto prazo incluem sensação inicial de euforia e bem-estar, perda da discriminação de tempo e espaço, coordenação motora diminuída, prejuízo da memória recente, falha nas funções intelectuais e cognitivas, taquicardia, hiperemia das conjuntivas, aumento do apetite , secura na boca e na garganta e irritação de vias aéreas superiores. Cronicamente produz alterações psiquiátricas: precipitação de sintomas psicóticos, delirium, pânico, paranoia. Leva diminuição da testosterona, oligoespermia e nas gestantes prematuridade e baixo peso do feto. Outras consequências seriam bronquite, enfisema, câncer de orofaringe e pulmão
O uso medicinal dos canabinoides vem sendo estudado para os casos de inapetência, dor crônica, náuseas, nos controle de sintomas da esclerose múltipla (tremores e espasticidade muscular), anticonvulsivante e no glaucoma. Porém a única indicação terapêutica aprovada é restrita ao uso de delta-9-THC sintético como alternativa ao tratamento antiemético em portadores de câncer e submetidos à quimioterapia, que não respondem adequadamente ao tratamento convencional.
- A meia-vida do delta-9-THC é de cerca de um dia, em caso de uso ocasional, e de 3 a 5 dias, no caso de uso crônico. A excreção dos canabinoides pelo organismo humano ocorre lentamente porque o THC é lipofílico e se acumula nos tecidos ricos em gordura. Estudos sugerem que os metabólitos urinários possam ser eliminados durante várias semanas depois da interrupção do consumo de maconha. Porém cerca de 15% são excretados inalterados pela urina. Assim, é possível detectar a presença de THC na urina de usuários crônicos de 20 a 60 dias após o início da abstinência. Por essa mesma razão, pode haver flutuação nos níveis séricos e urinários de THC, ou seja, a obtenção de ausência de consumo recente da droga. Uma regra prática é considerar que apenas uma elevação maior que 50%, em relação ao resultado anterior, reflete nova exposição à maconha. Por isso mesmo, para o acompanhamento de indivíduos em tratamento, o resultado deve ser expresso por miligrama de creatinina, uma vez que o nível sérico de THC não reflete adequadamente a concentração da substância no cérebro.