Exame:
- Não é necessário jejum para este exame.
- A coleta deve ser realizada a partir do 3º mês de exposição, em qualquer horário de trabalho.
- Informar na abertura de ficha se é exposto ao chumbo.
- Não confundir Zinco protoporfirina com Zinco eritrocitário.
- Se no pedido médico estiver solicitando Zinco Eritrocitário, este não é o exame indicado.

Receber o material refrigerado;
Transferir o sangue total colhido em heparina sódica livre de metal, por inversão para tubo âmbar (protegido da luz);
- Volume ideal: 2 mL.
- Volume mínimo: 1 mL.
Enviar refrigerado ao setor LARI-LARN.

Critérios de rejeição:
- Amostra coagulada e/ou com micro coágulo.
- Amostra hemolisada.
- Amostra desprotegida da luz.
- Tubos ambar de 7,5 a 10,0 mL com diâmetros 15 X 92 a 16 X 100 mm.

Estabilidade da amostra:
Temperatura ambiente: Não aceitável;
Refrigerada (2-8 ºC): 7 dias;
Congelada (-20 ºC): Não aceitável.

Espectrometria de fluorescência molecular

População não exposta: 1,17 a 3,11 ug ZPP/g Hb
Exposição ao chumbo e derivados iônicos: Inferior a 20,00 ug ZPP/g Hb

A intoxicação por chumbo, também chamada de saturnismo ou plumbismo, pode evoluir para um quadro semelhante à porfiria.
O chumbo altera a síntese do heme por inibir a enzima ácido delta-aminolevulínico desidratase (ALA-D), resultando em excesso de protoporfirina no interior do eritrócito com quelação de zinco no centro dessa molécula no lugar do ferro. Indivíduos com intoxicação recente apresentam pequena porcentagem de hemácias com zinco protoporfirina elevada, apesar da alta concentração de chumbo no sangue.
Na intoxicação crônica, a maioria dos eritrócitos apresenta zinco protoporfirina elevada.
A protoporfirina livre ou ligada ao zinco não transpõe membranas biológicas, não sendo detectada na urina.
A elevação da zinco protoporfirina não é específica da intoxicação pelo chumbo, podendo ocorrer também na anemia ferropriva.
Níveis elevados de chumbo causam danos aos sistemas cardiovascular, nervoso, reprodutivo, hematológico e renal.
A exposição ocupacional ocorre em indústrias de petróleo, baterias, tintas, cerâmicas, tubulações, cabos, explosivos e quando da utilização de soldas e estruturas que contêm o chumbo como liga.
Os compostos de chumbo inorgânico entram no organismo por inalação (rota mais importante na exposição ocupacional) ou ingestão (via predominante para a população em geral).
Na nova redação da NR-7, de 2020, o exame zinco protoporfirina não está entre os indicadores recomendados para avaliação da exposição ao chumbo inorgânico conforme descritas nas versões anteriores.