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Algumas das dúvidas mais comuns sobre essa doença, que é a 4ª maior causa de morte em mulheres no Brasil, são:
· Quais as causas?
· Quais os sintomas?
· Quais hábitos e fatores me colocam no grupo de risco?
· Como fazer para me prevenir?
· Como diagnosticar?
O câncer de colo de útero pode ser assintomático nas suas fases iniciais. Por isso, a realização de exames preventivos tem grande importância para o diagnóstico precoce dessa neoplasia. Essa prevenção é feita com a realização periódica do Papanicolaou, um exame de alta eficácia e baixo custo que identifica alterações celulares mesmo que sem alterações visíveis.
O artigo a seguir responde a essas questões e mostra a importância de se preocupar com alguns detalhes do dia a dia, para se prevenir dessa doença.
O que é o câncer de colo de útero?
O câncer de colo de útero ocorre na parte inferior do útero, também conhecida como cérvice, e que se localiza na parte superior da vagina.
Esse tipo de câncer tem desenvolvimento lento e pode ser detectado nas fases iniciais, ou mesmo quando a lesão ainda é uma lesão pré-câncer, com a realização da consulta ginecológica de rotina e do exame preventivo (Papanicolaou). A realização desse exame na periodicidade recomendada possibilita a detecção da doença nos estágios iniciais e as probabilidades de cura, neste caso, são de quase 100%.
Quais as causas?
Como qualquer tipo de tumor maligno, esse também se origina da multiplicação desordenada de células anormais, que efetivamente formam a lesão e podem ganhar a circulação, atingindo outros órgãos e tecidos do corpo. No caso do câncer de colo do útero, a principal causa dessa multiplicação desordenada é o papilomavírus humano (HPV), um vírus transmitido, na grande maioria dos casos, pela relação sexual. Atualmente, considera-se que a maioria das mulheres será exposta a este agente durante suas vidas sexuais. No entanto, de todas as mulheres que entram em contato com o vírus, apenas uma pequena parte desenvolve as lesões relacionadas, sendo as mais frequentes as verrugas genitais, seguidas das lesões pré-câncer e o câncer invasivo.
Existem mais de 100 tipos de HPV, alguns considerados de baixo risco e outros de alto risco para o desenvolvimento de lesões precursoras ou de neoplasia. Assim, se a mulher entrar em contato com HPV de alto risco, o vírus pode causar as alterações nas células, com mutações inicialmente leves e benignas, o que se chama de displasias ou lesões pré-cancerosas. Se a infecção pelo HPV de alto risco persistir e essas alterações não forem diagnosticadas ou tratadas, a lesão pré-cancerosa pode evoluir para a neoplasia invasiva, que pode crescer e se espalhar para os tecidos ao redor do colo do útero.
Há, portanto, tempo para interferir e impedir que tais lesões se transformem em câncer efetivamente. E, ainda que isso venha a acontecer, as chances de cura ficam próximas de 100% quando o tumor é detectado precocemente.
Quais os sintomas?
Na chamada fase pré-clínica ou inicial, quase não há sintomas, o que ratifica a importância do acompanhamento ginecológico periódico, pois é possível identificar os sinais pré-cancerosos nos exames de rastreamento desse câncer. Quando há sintomas, pode ocasionar:
· Corrimento
· Sangramento entre as menstruações
· Sangramento ou dor após a relação sexual.
Nas fases mais avançadas da neoplasia, como o tumor pode comprimir a bexiga ou o intestino, os sintomas incluem:
· Dor para urinar
· Urgência para urinar
· Sangramento intestinal
· Obstipação
· Entre outros.
Ter algum desses sintomas não significa que a mulher tenha o câncer, já que eles podem indicar outras doenças. Por isso, a consulta com o médico é essencial para que o diagnóstico e o tratamento correto sejam feitos.
Quais hábitos e fatores me colocam no grupo de risco?
O fator de risco mais importante para o câncer de colo do útero, independente da presença de outros fatores de risco, é a persistência da infecção por HPV de alto risco. Os outros fatores de risco incluem:
· Início precoce da atividade sexual,
· Multiplicidade de parceiros,
· Tabagismo
· Mulheres com o sistema imunológico debilitado
· Infecção por clamídia ou herpes simples
· Não realização de rastreamento periódico
· História de neoplasia do trato anogenital (vulva, vagina ou ânus)
· Uso de contraceptivos orais por longo período (mais de 10 anos).
Como fazer para me prevenir?
A prevenção do câncer de colo de útero passa por cuidados para evitar a infecção pelo HPV, o que implica o uso de preservativo em todas as relações sexuais. No entanto, a relação sexual com penetração não é necessária para a transmissão, já que o contato genital de pele com pele é um modo reconhecido de transmissão. Por isso há a possibilidade de contraí-lo mesmo em relações sexuais com preservativo.
Outras medidas preventivas incluem evitar os fatores de risco relacionados com o câncer, como parar de fumar, além de manter o acompanhamento ginecológico de rotina após o início da atividade sexual. Como já dito, o Papanicolaou é altamente eficiente e tem baixo custo. Se feito com a regularidade adequada, elevam as chances de cura para 100% na maioria dos casos.
Vale ressaltar a importância da vacinação contra o HPV, indicada para mulheres de 9 a 45 anos, de preferência antes de começarem sua vida sexual.
Contudo, a imunização deve ser associada às demais medidas preventivas para aumentar a proteção contra o câncer – e jamais substituí-las –, uma vez que não dá cobertura contra outros subtipos do vírus e contra outras graves doenças sexualmente transmissíveis, como a aids, por exemplo.
Como diagnosticar?
A presença de sinais suspeitos pode ser detectada já ao exame ginecológico, feito no consultório. A confirmação, contudo, depende do resultado de métodos diagnósticos complementares. O clássico Papanicolaou, que analisa as células do colo do útero, colhidas com uma espátula ou escova, mostra se existem alterações compatíveis com a doença ou mesmo com sua fase pré-clínica, ou seja, quando há apenas células com mutações leves.
Na presença de alterações na citologia de Papanicolaou, a colposcopia, por sua vez, traz a imagem da região do colo do útero e permite ao médico visualizar alterações não detectadas ao exame ginecológico a olho nu. Caso seja identificada alguma lesão, é feita uma biópsia. Realizada durante a colposcopia, esse recurso consiste na retirada de minúsculos fragmentos das áreas suspeitas, que, então, são analisadas para pesquisar a presença e a natureza de suas alterações – se benigna ou maligna. O resultado da biópsia dá o veredicto.
Sabendo de tudo isso, fica clara uma ambiguidade:
A gravidade da situação caso não diagnosticada e tratada devidamente, versus a simplicidade da prevenção e detecção da doença.
Como já dito na matéria, esse câncer é a 4ª maior causa de morte entre as mulheres brasileiras. Mas vale ressaltar que essas mortes estão associadas ao diagnóstico tardio e à falta de acompanhamento ginecológico que toda mulher sexualmente ativa deve receber
As chances de cura desse câncer são de quase 100% se diagnosticado nas fases iniciais. O que preocupa é a falta de sintomas dessa doença na fase pré-clínica, o que faz com que algumas mulheres ignorem seus exames periódicos.
Portando, cuide-se!
Lembre-se da última vez que se consultou e se estiver na hora, procure novamente seu ginecologista para evitar essa e outras doenças.
Confira abaixo os horários de funcionamento e coleta das unidades durante o final do ano.
Publicação analisa o comportamento dos vírus respiratórios em crianças de 0 a 12 anos.
Estão abertas as inscrições para os Programas de Fellow em Diagnóstico por Imagem do Grupo Fleury.
Boletim traz o comportamento dos vírus respiratórios na população acima de 13 anos.