Doenças alérgicas como asma, rinite alérgica, anafilaxia, alergia alimentar, conjuntivite alérgica, angioedema, urticária, eczema atópico, alergia a medicamentos e a insetos afetam cerca de 30% da população brasileira, cujo número de casos tem aumentado nas últimas décadas.
Doenças alérgicas como asma, rinite alérgica, anafilaxia, alergia alimentar, conjuntivite alérgica, angioedema, urticária, eczema atópico, alergia a medicamentos e a insetos afetam cerca de 30% da população brasileira, cujo número de casos tem aumentado nas últimas décadas.
Elas acontecem devido a uma resposta exagerada do sistema imunológico (nosso sistema de defesa) que identifica determinadas substâncias habitualmente toleradas pela maioria das pessoas (ácaros da poeira doméstica, entre outros) como sendo nocivas e desenvolve uma estratégia para eliminá-las.
Existem fatores genéticos que predispõem a pessoa a ser alérgica, e fatores ambientais que funcionam como desencadeantes.
Alérgeno: poeira, ácaros, alimentos, entre outros.
IgE: imunoglobulina E, anticorpo produzido em pessoas sensibilizadas a um determinado alérgeno.
Mastócitos: células que possuem em seu interior substâncias pré-formadas (ou mediadores), como a histamina, responsáveis pelo surgimento de sintomas presentes nas alergias.
Quando alguém é exposto a um alérgeno, o corpo pode produzir anticorpos IgE. No próximo contato com o mesmo alérgeno, este vai se ligar à IgE específica que está na superfície do mastócito e, assim, fará com que ocorra a liberação do seu conteúdo, como a histamina.
Os mediadores liberados são os responsáveis pelos sintomas da alergia, que podem se manifestar na pele (urticas), no trato gastrintestinal, nas vias aéreas superiores (rinite) e inferiores (asma), entre outros órgãos e sistemas.
O diagnóstico de uma doença alérgica envolve a avaliação clínica e exames complementares. Veja abaixo alguns dos exames utilizados na avaliação diagnóstica das doenças alérgicas.
Os testes cutâneos de puntura de leitura imediata, em conjunto com a história clínica, estão indicados no diagnóstico das alergias IgE-mediadas, como asma, rinite, alergia a látex e alguns tipos de alergia alimentar, entre outras. A quantidade de alérgenos a ser testada é variável, e sua indicação e interpretação do resultado devem estar correlacionadas com a história clínica.
O teste consiste na aplicação de uma gota de cada extrato alergênico a ser testado na pele do antebraço e cada gota é perfurada gentilmente com um puntor descartável (um para cada alérgeno). A leitura do teste é feita 20 minutos após a sua aplicação, utilizando-se para isso de régua milimetrada específica.
Existem alguns fatores importantes para a realização do exame, como a suspensão de alguns medicamentos antes do teste, como os anti-histamínicos, além da sua realização por profissional médico habilitado e em ambiente seguro.
O teste de contato de leitura tardia ou patch teste é indicado na avaliação da dermatite de contato (DC), reação cutânea resultante da exposição direta a algum agente externo. Na grande maioria dos casos, a DC é irritativa, causada por substâncias químicas, e surge no primeiro contato com o agente causador.
A DC alérgica, por envolver a participação do sistema imunológico, requer repetidas exposições a um produto ou substância para surgir. Enquanto a DC irritativa tende a se localizar no local do contato, a alérgica pode se estender à distância.
Como clinicamente são semelhantes, o patch teste é o exame indicado para o diagnóstico.
O teste consiste na aplicação de uma determinada bateria (existem várias, a depender da hipótese diagnóstica causal) no dorso do indivíduo (que permanecerá por 48 horas) seguida por duas leituras: a primeira, 48 horas após aplicação e a segunda, 96 horas.
A interpretação do resultado deve ser feita de acordo com a história clínica do paciente.
A mensuração da IgE específica deve ser solicitada de acordo com a história clínica, pois a presença dela sem quadro clínico indica apenas sensibilização e não doença alérgica.
A IgE específica está disponível para alimentos, venenos de Hymenoptera (abelha, vespa, formiga), inalantes (ácaros, polens, fungos, etc) e diferentes métodos para essa análise estão disponíveis. Esse dado é importante, pois não podemos comparar o resultado do mesmo alérgeno com diferentes metodologias.
É importante analisar o resultado do exame em conjunto com o quadro clínico.
O teste de provocação (TPO), considerado padrão-ouro no diagnóstico das alergias alimentares, deve ser realizado por equipe treinada e médico alergista, em ambiente seguro e preparado para atender reações graves.
O exame é realizado na suspeita de alergia a alimentos mediada por IgE, no qual o alimento suspeito é ofertado de maneira gradativa, sempre sob supervisão atenta. Qualquer sintoma ou sinal como coceira na boca, na garganta ou olho é indicação de interrupção do TPO, quando é considerado positivo.
Cada teste tem suas indicações e limitações, dessa forma, entender e realizar os exames corretos é essencial para fazer a gestão eficaz de uma alergia.
Diante da suspeita de uma doença alérgica, procure o alergista, médico especialista no diagnóstico e tratamento das doenças alérgicas.
O Fleury dispõe dos exames para o diagnóstico das alergias, como prick e patch teste, dosagem da IgE específica e TPO.
Fonte: asbai.org.br
Publicação analisa o comportamento dos vírus respiratórios em crianças de 0 a 12 anos.
Estão abertas as inscrições para os Programas de Fellow em Diagnóstico por Imagem do Grupo Fleury.
Boletim traz o comportamento dos vírus respiratórios na população acima de 13 anos.