Iniciativa conjunta de cientistas e médicos renomados, Grupo Fleury, IBOPE Inteligência, Instituto Semeia e Todos pela Saúde pretende identificar a proporção de pessoas que possui anticorpos contra o novo coronavírus SARS-CoV-2 na capital paulista; nova fase da pesquisa visitará mais 1.280 domicílios na cidade.
[atualizado 30/03]
Começa nesta quinta-feira, 31 de março de 2022, a oitava etapa do projeto ‘SoroEpi MSP - Inquéritos soroepidemiológicos seriados para monitorar a prevalência da infecção por SARS-CoV-2 no Município de São Paulo’. O projeto, cujo objetivo é identificar a proporção da população que possui anticorpos contra o coronavírus SARS-CoV-2 na capital paulista, é uma ação entre cientistas e médicos renomados com apoio do Grupo Fleury, Ipec – Inteligência em Pesquisa e Consultoria, Instituto Semeia e Todos pela Saúde – iniciativa lançada pelo Itaú Unibanco para enfrentar a COVID-19 e seus efeitos sobre a sociedade brasileira. Esta nova fase é a terceira desde o início da vacinação na capital paulista.
O projeto SoroEpi MSP pretende subsidiar políticas públicas de prevenção e controle da pandemia da COVID-19, oferecendo informações sobre o percentual de pessoas que possuem anticorpos contra a nucleoproteína e anticorpos neutralizantes, e que poderão estar, pelo menos em parte, protegidas contra o coronavírus. Estas informações são importantes para que as autoridades de saúde possam tomar decisões acerca das ações de combate ao vírus.
O estudo consiste em aplicar um teste sorológico para o diagnóstico da infecção pelo SARS-CoV-2, realizado por meio de coleta de sangue, e usado para detecção de anticorpos específicos para o vírus. Os resultados dos testes permitem estimar a fração de pessoas que já foram infectadas e que podem ter desenvolvido imunidade ao vírus causador da doença.
A nova fase pretende abordar 1.280 domicílios sorteados para a realização das entrevistas e das coletas de sangue com todos seus moradores acima de 18 anos. As visitas serão realizadas por um entrevistador do Ipec, que aplicará um questionário, e um técnico da a+ Medicina Diagnóstica, marca do Grupo Fleury, que será responsável pela coleta de sangue. As visitas ocorrerão de 31 de março a 9 de abril de 2022.
Esta oitava etapa integra o estudo iniciado em um projeto-piloto em maio de 2020. Depois, foram mais três fases ao longo do ano de 2020, realizadas em junho, julho e outubro. E em 2021, mais especificamente em janeiro, abril e setembro foram realizadas a quinta, sexta e sétima etapas do estudo.
Seleção de domicílios
A cidade de São Paulo é composta por 96 distritos, distribuídos em seis regiões: Centro, Oeste, Sul, Sudeste, Leste e Norte. Para alcançar uma amostra que represente a população de uma cidade de 11,9 milhões de habitantes, sendo 9,2 milhões com 18 anos ou mais, nesta etapa do projeto foram sorteados 160 setores censitários, que são unidades territoriais básicas dos Censos Demográficos do IBGE, sendo que, dentro de cada setor, também são sorteados 8 domicílios, totalizando 1.280 residências. Para a realização da pesquisa, foram criados dois estratos na cidade: distritos com maior renda e distritos com menor renda, sendo que cada um deles corresponde a cerca de metade da população pesquisada.
Os moradores dos domicílios sorteados são informados sobre a possibilidade de participação na pesquisa por meio de uma carta do Ipec e do Grupo Fleury, que contam com um canal para esclarecimento de eventuais dúvidas. Todos os habitantes dos domicílios sorteados farão parte da amostragem e serão convidados a participar da pesquisa, desde que tenham 18 anos de idade ou mais e estejam em condições de responder o questionário e consentir a participação, sendo que será mantido o anonimato de todos que participarem da pesquisa. Os indivíduos serão informados dos resultados de seus exames – e não haverá pagamento de qualquer natureza para os participantes do estudo, seja para a coleta ou disponibilização do resultado do teste.
A partir dos resultados dos testes sorológicos de diagnóstico da COVID-19 e das respostas do questionário pelos indivíduos, as prevalências de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 serão estudadas por meio de estimativas do percentual da população que já foi infectada, levando-se em consideração os aspectos complexos do plano de amostragem (sorteio de conglomerados, estratificação e ponderação).
Estima-se que a imunidade coletiva entre 60% e 80% dificulta a transmissão do SARS-CoV-2. Nesse percentual, acredita-se que o vírus até consegue migrar de uma pessoa para outra, mas encontra, na maioria dos casos, um ser humano anteriormente infectado ou protegido pela vacina e, portanto, capaz de produzir anticorpos contra esse vírus, findando o contágio.
A cada fase, os dados obtidos com a pesquisa do SoroEpi MSP são compartilhados com autoridades de saúde e instituições de pesquisa e divulgados amplamente após o término do estudo, bem como serão posteriormente publicados em revistas científicas, sempre garantindo a confidencialidade dos dados pessoais dos participantes.
81,8% da população adulta tem anticorpos neutralizantes contra o SARS-CoV-2 na capital paulista
A sétima etapa do SoroEpi MSP estimou que a cidade de São Paulo tem 52,8% da população adulta que possuem anticorpos contra a nucleoproteína do SARS-CoV-2, quase 4,9 milhões de habitantes – 3,3 vezes maior que o número reportado pelo município (1.452.567). Isto significa que a soroprevalência, a frequência de indivíduos com anticorpos contra o novo coronavírus, teve acréscimo de 11,2 pontos percentuais, aumentando de 41,6% para os 52,8%, e que, ainda, foi menor nos distritos mais ricos (43,1%) e maior nos distritos mais pobres (62,2%).
Naquela ocasião, a pesquisa também avaliou a porcentagem da população adulta com anticorpos neutralizantes e, na comparação com a sexta fase, concluiu-se que houve aumento de 33,3% para 81,8% na proporção da população com esses anticorpos – acréscimo de 48,5 pontos percentuais, sendo 81,3% nos distritos mais ricos e 82,3% nos distritos mais pobres.
Como nesse período a população não vacinada (quer seja com uma ou duas doses) diminuiu de 83,6% para 4,1%, esse grande aumento da frequência de adultos com anticorpos neutralizantes provavelmente se deve ao aumento do número de indivíduos que receberam uma ou duas doses da vacina somados aos indivíduos não vacinados, mas que já tinham sido infectados pelo SARS-CoV-2. E, ainda, enquanto se observa maior frequência de anticorpos contra a nucleoproteína do SARS-CoV-2 no estrato mais pobre da cidade quando comparado com o estrato mais rico, essa diferença não foi detectada na soroprevalência dos anticorpos neutralizantes.
A sétima fase da pesquisa foi realizada entre os dias 9 e 20 de setembro de 2021. Entre a sexta e a sétima fase, a porcentagem da população adulta vacinada com duas ou mais doses aumentou de 8,3% para 65,2% e a fração da população adulta não vacinada diminuiu de 83,6% para somente 4,1%. Naquela etapa, foram analisadas 1.055 amostras de sangue dos participantes. O término da coleta ocorreu no dia 20 de setembro, quando o município acumulava 1.452.567 casos confirmados de infecção e um número total de óbitos confirmados de 37.688, sendo que o número de óbitos por dia era de aproximadamente 10.
[atualizado 23/04]
Começa nesta quinta-feira, 22 de abril de 2021, a sexta etapa do projeto ‘SoroEpi MSP - Inquéritos soroepidemiológicos seriados para monitorar a prevalência da infecção por SARS-CoV-2 no Município de São Paulo’. O projeto, cujo objetivo é identificar a proporção da população que possui anticorpos contra o coronavírus SARS-CoV-2 na capital paulista, é uma ação entre cientistas e médicos renomados com apoio do Grupo Fleury, Ipec – Inteligência em Pesquisa e Consultoria, Instituto Semeia e Todos pela Saúde – iniciativa lançada pelo Itaú Unibanco para enfrentar a COVID-19 e seus efeitos sobre a sociedade brasileira. Esta nova fase será realizada após o início da vacinação na capital paulista.
O projeto SoroEpi MSP pretende subsidiar políticas públicas de prevenção e controle da pandemia da COVID-19, oferecendo informações sobre o percentual de pessoas já infectadas que poderão estar, pelo menos em parte, protegidas contra o coronavírus. Estas informações são importantes para que as autoridades de saúde possam tomar decisões acerca das ações de combate ao vírus.
O estudo consiste em aplicar o teste sorológico para o diagnóstico da infecção pelo SARS-CoV-2, realizado por meio de coleta de sangue, e usado para detecção de anticorpos específicos para o vírus. Os resultados dos testes permitem estimar a fração de pessoas que já foram infectadas e que podem ter desenvolvido imunidade ao vírus causador da doença.
Esta sexta fase pretende abordar 1.280 domicílios sorteados para realização das entrevistas e das coletas de sangue com todos seus moradores acima de 18 anos. As visitas serão realizadas por um entrevistador do Ipec, empresa que substitui o IBOPE Inteligência a partir dessa etapa do estudo, que aplicará um questionário, e um técnico da a+ Medicina Diagnóstica, marca do Grupo Fleury, que será responsável pela coleta de sangue. As visitas ocorrerão de 22 de abril até 1º de maio de 2021.
Esta sexta etapa integra o estudo iniciado em um projeto-piloto em maio de 2020. Depois foram mais três fases ao longo do ano, realizadas em junho, julho e outubro. Mais recentemente, em janeiro deste ano, foi realizada a quinta etapa do estudo.
Seleção de domicílios
A cidade de São Paulo é composta por 96 distritos, distribuídos em seis regiões: Centro, Oeste, Sul, Sudeste, Leste e Norte. Para alcançar uma amostra de resultados que represente uma cidade de 11,8 milhões de habitantes, sendo 8,4 milhões com 18 anos ou mais, nesta etapa do projeto foram sorteados 160 setores censitários, que são unidades territoriais básicas dos Censos Demográficos do IBGE, sendo que dentro de cada setor também são sorteados 8 domicílios, totalizando 1.280 residências. Para a realização da pesquisa, foram criados dois estratos na cidade: distritos com maior renda e distritos com menor renda, sendo que cada um deles corresponde a cerca de metade da população pesquisada.
Os moradores dos domicílios sorteados são informados sobre a possibilidade de participação na pesquisa por meio de uma carta do Ipec e o Grupo Fleury contam com um canal para esclarecimento de eventuais dúvidas. Todos os habitantes dos domicílios sorteados farão parte da amostragem e serão convidados a participar da pesquisa, desde que tenham 18 anos de idade ou mais e estejam em condições de responder a pesquisa e consentir a participação, sendo que será mantido o anonimato de todos que participarem da pesquisa. Os indivíduos serão informados dos resultados de seus exames – e não haverá pagamento de qualquer natureza para os participantes do estudo, seja para a coleta ou disponibilização do resultado do teste.
A partir dos resultados dos testes sorológicos de diagnóstico da COVID-19 e das respostas do questionário pelos indivíduos, as prevalências de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 serão estudadas por meio de estimativas do percentual da população que já foi infectada, levando-se em consideração os aspectos complexos do plano de amostragem (sorteio de conglomerados, estratificação e ponderação).
Estima-se que a imunidade coletiva entre 60 e 80% dificulta a transmissão do SARS-CoV-2. Nesse percentual, acredita-se que o vírus até consegue migrar de uma pessoa para outra, mas encontra, na maioria dos casos, um ser humano anteriormente infectado e, portanto, capaz de produzir anticorpos contra esse vírus, findando o contágio e permitindo o fim do isolamento.
A cada fase, os dados obtidos com a pesquisa do SoroEpi MSP serão compartilhados com autoridades de saúde e instituições de pesquisa e divulgados amplamente após o término do estudo, bem como serão posteriormente publicados em revistas científicas, sempre garantindo a confidencialidade dos dados pessoais dos participantes.
[atualizado 14/01]
Começa nesta quinta-feira, 14 de janeiro de 2021, a quinta fase do projeto ‘SoroEpi MSP - Inquéritos soroepidemiológicos seriados para monitorar a prevalência da infecção por SARS-CoV-2 no Município de São Paulo’. O projeto, cujo objetivo é identificar a proporção da população que possui anticorpos contra o coronavírus SARS-CoV-2 na capital paulista, é uma ação entre cientistas e médicos renomados com apoio do Grupo Fleury, IBOPE Inteligência, Instituto Semeia e Todos pela Saúde – iniciativa lançada pelo Itaú Unibanco para enfrentar a COVID-19 e seus efeitos sobre a sociedade brasileira.
O projeto SoroEpi MSP pretende subsidiar políticas públicas de prevenção e controle da pandemia da COVID-19, oferecendo informações sobre o percentual de pessoas já infectadas que poderão estar, pelo menos em parte, protegidas contra o coronavírus. Estas informações são importantes para que as autoridades de saúde possam tomar decisões acerca das ações de combate ao vírus.
O estudo consiste em aplicar o teste sorológico para o diagnóstico da infecção pelo SARS-CoV-2 por meio da coleta de sangue que é processado e usado na detecção de anticorpos específicos para o vírus. Os resultados dos testes permitem estimar a fração de pessoas que já foram infectadas e que podem ter desenvolvido imunidade ao vírus causador da doença.
Esta quinta fase pretende abordar 1.280 domicílios sorteados para realização das entrevistas e das coletas de sangue com todos seus moradores acima de 18 anos. As visitas serão realizadas por um entrevistador do IBOPE Inteligência, que aplicará um questionário, e um técnico da a+ Medicina Diagnóstica, marca do Grupo Fleury, que será responsável pela coleta de sangue. As visitas ocorrerão de quinta-feira, 14 de janeiro, a sábado, 23 de janeiro.
Esta nova etapa é mais uma de seis fases iniciada em maio de 2020. Ao todo, a pesquisa pretende estimar o percentual de pessoas infectadas pelo novo coronavírus residentes na cidade ao longo dos meses a pandemia e antes do início da vacinação. Cada fase terá seus resultados divulgados, assim como ocorreu no projeto-piloto e etapas anteriores, realizados em maio, junho, julho e outubro, respectivamente.
Seleção de domicílios
A cidade de São Paulo é composta por 96 distritos, distribuídos em seis regiões: Centro, Oeste, Sul, Sudeste, Leste e Norte. Para alcançar uma amostra de resultados que represente uma cidade de 11,8 milhões de habitantes, sendo 8,4 milhões com 18 anos ou mais, nesta etapa do projeto foram sorteados 160 setores censitários, que são unidades territoriais básicas dos Censos Demográficos do IBGE, sendo que dentro de cada setor também são sorteados 8 domicílios, totalizando 1.280 residências. Para a realização da pesquisa, foram criados dois estratos na cidade: distritos com maior renda e distritos com menor renda, sendo que cada um deles corresponde a cerca de metade da população pesquisada.
Os moradores dos domicílios sorteados são informados sobre a possibilidade de participação na pesquisa por meio de uma carta do IBOPE Inteligência e contam com um canal para esclarecimento de eventuais dúvidas. Todos os habitantes dos domicílios sorteados farão parte da amostragem e serão convidados a participar da pesquisa, desde que tenham 18 anos de idade ou mais e estejam em condições de responder a pesquisa e consentir a participação, sendo que será mantido o anonimato de todos que participarem da pesquisa. Os indivíduos serão informados dos resultados de seus exames – e não haverá pagamento de qualquer natureza para os participantes do estudo, seja para a coleta ou disponibilização do resultado do teste.
A partir dos resultados dos testes sorológicos de diagnóstico da COVID-19 e das respostas do questionário pelos indivíduos, as prevalências de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 serão estudadas por meio de estimativas do percentual da população que já foi infectada, levando-se em consideração os aspectos complexos do plano de amostragem (sorteio de conglomerados, estratificação e ponderação).
Estima-se que a imunidade coletiva entre 60 e 80% dificulta a transmissão do SARS-CoV-2. Nesse percentual, acredita-se que o vírus até consegue migrar de uma pessoa para outra, mas encontra, na maioria dos casos, um ser humano anteriormente infectado e, portanto, capaz de produzir anticorpos contra esse vírus, findando o contágio e permitindo o fim do isolamento.
A cada fase, os dados obtidos com a pesquisa do SoroEpi MSP serão compartilhados com autoridades de saúde e instituições de pesquisa e divulgados amplamente após o término do estudo, bem como serão posteriormente publicados em revistas científicas, sempre garantindo a confidencialidade dos dados pessoais dos participantes.
2,2 milhões de infectados
A quarta etapa do SoroEpi MSP apontou que 2,2 milhões de pessoas, ou 26,2% da população com 18 anos ou mais, foram infectadas pelo novo coronavírus na capital paulista. E assim como os resultados da terceira fase, os dados desta etapa continuaram mostrando que a taxa de prevalência está estatisticamente relacionada a nível de escolaridade, raça/cor da pele e renda média do distrito. Para se ter uma ideia, a soroprevalência, isto é, a frequência de indivíduos com anticorpos contra o novo coronavírus em pessoas que vivem nos distritos classificados como de renda média mais baixa é de 30,4% versus 21,6% naqueles indivíduos que pertencem ao estrato de renda média mais alta.
Pessoas com ensino fundamental apresentam soroprevalência 2,2 vezes maior do que aqueles com nível superior completo (35,8% contra 16,0%). Em termos práticos, no grupo de pessoas com escolaridade mais baixa, um indivíduo em cada três já teve contato com o vírus e produziu anticorpos; enquanto para aqueles com grau de escolaridade médio, essa relação é de um em cada quatro; e com escolaridade alta, a relação entre infectados e não infectados é de um indivíduo para cada seis. Situação semelhante ocorre com relação à raça/cor da pele: a frequência de pessoas com anticorpos contra o novo coronavírus é maior entre pretos e pardos em comparação com pessoas brancas (31,6% contra 20,9%).
A quarta fase da pesquisa foi realizada entre os dias 1 e 10 de outubro de 2020 (28 semanas após o primeiro caso registrado na cidade). Nesta etapa, foram analisadas 1.129 amostras de sangue de participantes residentes em 152 setores censitários. Foram sorteadas 8 residências em cada setor censitário.
Mais informações sobre o projeto SoroEpi MSP podem ser encontradas no site, nas versões português e inglês, acessando: https://www.monitoramentocovid19.org/.
[atualizado 04/10]
Começou na quinta-feira, 1º de outubro de 2020, a quarta fase do projeto ‘SoroEpi MSP - Inquéritos soroepidemiológicos seriados para monitorar a prevalência da infecção por SARS-CoV-2 no Município de São Paulo’. O projeto, cujo objetivo é identificar a proporção da população que possui anticorpos contra o coronavírus SARS-CoV-2 na capital paulista, é uma ação entre cientistas e médicos renomados com apoio do Grupo Fleury, IBOPE Inteligência, Instituto Semeia e Todos pela Saúde – iniciativa lançada pelo Itaú Unibanco para enfrentar a COVID-19 e seus efeitos sobre a sociedade brasileira.
O projeto SoroEpi MSP pretende subsidiar políticas públicas de prevenção e controle da pandemia da COVID-19, oferecendo informações sobre o percentual de pessoas já infectadas que poderão estar, pelo menos em parte, protegidas contra o coronavírus. Estas informações são importantes para que as autoridades de saúde possam tomar decisões acerca das ações de combate ao vírus, ainda mais neste momento de retomada de atividades em diferentes áreas e serviços na cidade.
O estudo consiste em aplicar o teste sorológico para o diagnóstico da infecção pelo SARS-CoV-2 por meio da coleta de sangue que é processado e usado na detecção de anticorpos específicos para o vírus. Os resultados dos testes permitem estimar a fração de pessoas que já foram infectadas e que podem ter desenvolvido imunidade ao vírus causador da doença.
Esta quarta fase pretende abordar 1.216 domicílios sorteados para realização das entrevistas e das coletas de sangue com todos seus moradores acima de 18 anos. As visitas serão realizadas por um entrevistador do IBOPE Inteligência, que aplicará um questionário, e um técnico da a+ Medicina Diagnóstica, marca do Grupo Fleury, que será responsável pela coleta de sangue. As visitas ocorrerão de segunda-feira a sábado, entre 1º a 10 de outubro.
Esta nova etapa integra uma série de seis fases iniciada em maio. Ao todo, a pesquisa pretende estimar o percentual de pessoas infectadas pelo novo coronavírus residente na cidade ao longo de seis meses ou enquanto persistir a pandemia. Cada fase terá seus resultados divulgados, assim como ocorreu no projeto-piloto e etapas anteriores, realizados em maio, junho e julho, respectivamente.
Seleção de domicílios
A cidade de São Paulo é composta por 96 distritos, distribuídos em seis regiões: Centro, Oeste, Sul, Sudeste, Leste e Norte. Para alcançar uma amostra de resultados que represente uma cidade de 11,8 milhões de habitantes, sendo 8,4 milhões com 18 anos ou mais, nesta etapa do projeto foram sorteados 152 setores censitários, que são unidades territoriais básicas dos Censos Demográficos do IBGE, sendo que dentro de cada setor também são sorteados 8 domicílios, totalizando 1.216 residências. Para a realização da pesquisa, foram criados dois estratos na cidade: distritos com maior renda e distritos com menor renda, sendo que cada um deles corresponde a cerca de metade da população pesquisada.
Os moradores dos domicílios sorteados são informados sobre a possibilidade de participação na pesquisa por meio de uma carta do IBOPE Inteligência e contam com um canal para esclarecimento de eventuais dúvidas. Todos os habitantes dos domicílios sorteados farão parte da amostragem e serão convidados a participar da pesquisa, desde que tenham 18 anos de idade ou mais e estejam em condições de responder a pesquisa e consentir a participação, sendo que será mantido o anonimato de todos que participarem da pesquisa. Os indivíduos serão informados dos resultados de seus exames – e não haverá pagamento de qualquer natureza para os participantes do estudo, seja para a coleta ou disponibilização do resultado do teste.
A partir dos resultados dos testes sorológicos de diagnóstico da COVID-19 e das respostas do questionário pelos indivíduos, as prevalências de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 serão estudadas por meio de estimativas do percentual da população que já foi infectada, levando-se em consideração os aspectos complexos do plano de amostragem (sorteio de conglomerados, estratificação e ponderação).
Estima-se que a imunidade coletiva entre 60 e 80% dificulta a transmissão do SARS-CoV-2. Nesse percentual, acredita-se que o vírus até consegue migrar de uma pessoa para outra, mas encontra, na maioria dos casos, um ser humano anteriormente infectado e, portanto, capaz de produzir anticorpos contra esse vírus, findando o contágio e permitindo o fim do isolamento.
A cada fase, os dados obtidos com a pesquisa do SoroEpi MSP serão compartilhados com autoridades de saúde e instituições de pesquisa e divulgados amplamente após o término do estudo, bem como serão posteriormente publicados em revistas científicas, sempre garantindo a confidencialidade dos dados pessoais dos participantes.
A terceira etapa do SoroEpi MSP apontou que 1,5 milhão de pessoas, ou 17,9% da população com 18 anos ou mais, foram infectadas pelo novo coronavírus na capital paulista. E assim como os resultados da segunda fase, os dados desta etapa continuaram mostrando que a prevalência da doença reflete a desigualdade social presente na capital paulista. Esta fase da pesquisa considerou três estratos socioeconômicos com base nas faixas de renda média dos setores censitários: baixa até R$ 3.349; intermediária de R$ 3.350 a R$ 5.540; e alta a partir de R$ 5.541. Os resultados mostram que a soroprevalência, ou seja, a frequência de indivíduos com anticorpos contra o novo coronavírus corresponde a 22,0% no estrato de baixa renda. Já para as famílias dos grupos de rendas intermediária e alta, a soroprevalência foi de 18,4% e 9,4%, respectivamente.
Também foi constatada a soroprevalência maior em pessoas com grau de escolaridade mais baixa. Assim, aqueles que não chegaram a cursar ou completar o ensino fundamental apresentam soropositividade de 22,5%; o grupo que cursou o ensino fundamental, 23,7%. Entre os indivíduos que cursaram o ensino médio a proporção é de 17,5%; e entre aqueles com ensino superior de 12,0%. A pandemia também atinge mais os pretos e pardos na capital paulista. No estudo, eles apresentam soroprevalência de 20,8% comparada a 15,4% dos brancos.
Nesta fase, foram analisadas 1.470 amostras de sangue de moradores da capital paulista distribuídos em 115 setores censitários. Foram sorteadas 12 residências em cada setor censitário. O período de campo ocorreu entre 20 e 29 de julho.
[atualizado 11/08]
A terceira fase do SoroEpi MSP - Inquéritos soroepidemiológicos seriados para monitorar a prevalência da infecção por SARS-CoV-2 no Município de São Paulo - aponta que 1,5 milhão de pessoas, ou 17,9% da população com 18 anos ou mais, já foram infectadas pelo novo coronavírus na capital paulista.
Assim como os resultados da fase anterior, os dados desta terceira fase continuam mostrando que a prevalência da doença reflete a desigualdade social presente na capital paulista. Esta fase da pesquisa considerou três estratos socioeconômicos com base nas faixas de renda média dos setores censitários: baixa até R$ 3.349; intermediária de R$ 3.350 a R$ 5.540; e alta a partir de R$ 5.541. Os resultados mostram que a soroprevalência, ou seja, a frequência de indivíduos com anticorpos contra o novo coronavírus corresponde a 22,0% no estrato de baixa renda. Já para as famílias dos grupos de rendas intermediária e alta, a soroprevalência foi de 18,4% e 9,4%, respectivamente.
Também foi constatada a soroprevalência maior em pessoas com grau de escolaridade mais baixa. Assim, aqueles que não chegaram a cursar ou completar o ensino fundamental apresentam soropositividade de 22,5%; o grupo que cursou o ensino fundamental, 23,7%. Nos indivíduos que cursaram o ensino médio este número é de 17,5%; e naqueles com ensino superior 12,0%. A pandemia também atinge mais os pretos e pardos na capital paulista. No estudo, eles apresentam soroprevalência de 20,8% comparada a 15,4% dos brancos.
Nesta terceira fase, foram analisadas 1.470 amostras de sangue de moradores da capital paulista distribuídos em 115 setores censitários. Foram sorteadas 12 residências em cada setor censitário. O período de campo ocorreu entre 20 e 29 de julho.
Novo método sorológico
A partir de julho de 2020 o Grupo Fleury incorporou em sua rotina um teste sorológico capaz de detectar anticorpos para outros epítopos do SARS-CoV-2. Por este motivo os exames sorológicos para COVID-19 passaram a utilizar dois testes: o de quimioluminescência para detecção de IgG e IgM separadamente e o de eletroquimioluminescência para identificação de anticorpos totais.
O emprego conjunto destes dois tipos de testes foi introduzido na terceira fase da pesquisa e permitiu identificar um número maior de pessoas com anticorpos para o SARS-CoV-2. Com isso, a estimativa da soroprevalência que é de 11,5% (Intervalo de Confiança de 95%: 9,1-13,9%) com o uso apenas do resultado do teste de quimioluminescência, subiu para 17,9% (Intervalo de Confiança de 95%: 15,0-20,9%) com o uso combinado dos dois testes, ou seja, o aumento da sensibilidade de detecção de anticorpos específicos para SARS-CoV-2 levou a um aumento de 56% na estimativa da soroprevalência.Isso significa que com um processo de maior acurácia para a identificação dos infectados, conseguimos chegar a estimativas mais próximas da prevalência real.
[atualizado 21/07]
Começou nesta segunda-feira, 20 de julho, a terceira etapa do projeto ‘SoroEpi MSP - Inquéritos soroepidemiológicos seriados para monitorar a prevalência da infecção por SARS-CoV-2 no Município de São Paulo’. O projeto, cujo objetivo é identificar a proporção da população que possui anticorpos contra o coronavírus SARS-CoV-2 na capital paulista, é uma ação entre cientistas e médicos renomados com apoio do Grupo Fleury, IBOPE Inteligência, Instituto Semeia e Todos pela Saúde – iniciativa lançada pelo Itaú Unibanco para enfrentar a COVID-19 e seus efeitos sobre a sociedade brasileira.
O projeto SoroEpi MSP pretende subsidiar políticas públicas de prevenção e controle da pandemia da COVID-19, oferecendo informações sobre o percentual de pessoas já infectadas que poderão estar, pelo menos em parte, protegidas contra o coronavírus. Estas informações são importantes para que as autoridades de saúde possam tomar decisões acerca das ações de combate ao vírus, ainda mais neste momento em que a capital paulista tem permitido a abertura e a retomada de atividades em diferentes áreas e serviços na cidade.
O estudo consiste em aplicar o teste sorológico para o diagnóstico da infecção pelo SARS-CoV-2 por meio da coleta de sangue que é processado e usado na detecção de anticorpos específicos para o vírus. Os resultados dos testes permitem estimar a fração de pessoas que já foram infectadas e que podem ter desenvolvido imunidade ao vírus causador da doença.
Assim como a etapa anterior, esta terceira fase pretende abordar 1.380 domicílios sorteados para realizar as entrevistas e a coleta de exames com todos os seus moradores acima de 18 anos. As visitas serão realizadas por um entrevistador do IBOPE Inteligência, que aplicará um questionário, e um técnico da a+ Medicina Diagnóstica, marca do Grupo Fleury, que será responsável pela coleta de sangue. A partir do início das visitas em 20 de julho serão 10 dias corridos de coleta em domicílios de diferentes regiões da capital paulista.
Esta nova etapa integra uma série de seis fases iniciadas no último mês de junho. Ao todo, a pesquisa pretende estimar o percentual de pessoas infectadas pelo novo coronavírus residentes na cidade ao longo de seis meses ou enquanto persistir a pandemia. Cada etapa terá seus resultados divulgados, assim como ocorreu no projeto-piloto e na segunda etapa, realizados em maio e junho, respectivamente.
Seleção de domicílios
A cidade de São Paulo é composta por 96 distritos, distribuídos em seis regiões: Centro, Oeste, Sul, Sudeste, Leste e Norte. Para alcançar uma amostra de resultados que represente uma cidade de 11,8 milhões de habitantes, sendo 8,4 milhões com 18 anos ou mais, para cada etapa do projeto são sorteados 115 setores censitários, que são unidades territoriais básicas dos Censos Demográficos do IBGE, sendo que dentro de cada setor também são sorteados 12 domicílios, totalizando 1.380 residências. Para a realização da pesquisa, foram criados dois estratos na cidade: distritos com maior renda e distritos com menor renda, sendo que cada um deles corresponde a cerca de metade da população pesquisada.
Os moradores dos domicílios sorteados são informados sobre a possibilidade de participação na pesquisa por meio de uma carta do IBOPE Inteligência e contam com um canal para esclarecimento de eventuais dúvidas. Todos os habitantes do domicílio sorteados farão parte da amostragem e serão convidados a participar da pesquisa, desde que tenham 18 anos de idade ou mais e estejam em condições de responder a pesquisa e consentir a participação, sendo que será mantido o anonimato de todos que participarem da pesquisa. Os indivíduos serão informados dos resultados de seus exames – e não haverá pagamento de qualquer natureza para os participantes do estudo, seja para a coleta ou disponibilização do resultado do teste.
A partir dos resultados dos testes sorológicos de diagnóstico da COVID-19 e das respostas do questionário pelos indivíduos, as prevalências de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 serão estudadas por meio de estimativas do percentual da população que já foi infectada, levando-se em consideração os aspectos complexos do plano de amostragem (sorteio de conglomerados, estratificação e ponderação).
Estima-se que a imunidade coletiva entre 60 e 80% dificulta a transmissão do SARS-CoV-2. Nesse percentual, acredita-se que o vírus até consegue migrar de uma pessoa para outra, mas encontra, na maioria dos casos, um ser humano anteriormente infectado e, portanto, capaz de produzir anticorpos contra esse vírus, findando o contágio e permitindo o fim do isolamento.
A cada fase, os dados obtidos com a pesquisa do SoroEpi MSP serão compartilhados com autoridades de saúde e instituições de pesquisa e divulgados amplamente após o término do estudo, bem como serão posteriormente publicados em revistas científicas, sempre garantindo a confidencialidade dos dados pessoais dos participantes.
Resultados da segunda fase
A principal conclusão da segunda etapa do SoroEpi MSP é de que a epidemia de SARS-CoV-2 no município de São Paulo pode ser entendida como duas epidemias com dinâmicas de propagação distintas, o que reflete as desigualdades sociais presentes no município. Os resultados da etapa, realizada no mês de junho, demonstram que nos bairros mais pobres da cidade a fração das pessoas infectadas é 2,5 vezes maior que nos bairros mais ricos. Enquanto na população mais pobre a prevalência é de 16%, nos bairros mais ricos ela é de 6,5%. A frequência de indivíduos com anticorpos contra o novo coronavírus é 4,5 vezes maior em pessoas que não completaram o ensino fundamental se comparadas com aquelas que concluíram o nível superior (22,9% versus 5,1%).
O levantamento também apontou que a soroprevalência é 2,5 vezes maior em pessoas adultas pretas do que brancas (19,7% contra 7,9%). Habitações com 5 ou mais pessoas apresentam soroprevalência quase duas vezes maior quando comparadas com residências com apenas um ou dois moradores (15,8% contra 8,1%). No total, a pesquisa aponta que 11,4% de moradores da capital com mais de 18 anos já foram infectados pelo novo coronavírus, um total de 958 mil pessoas.
Nesta fase do projeto, foram coletadas e analisadas 1.183 amostras de sangue em 115 setores censitários, sendo que 12 residências foram sorteadas em cada um desses setores, durante o período de 15 e 24 de junho de 2020. A capital paulista tem uma população de 8.407.202 habitantes com 18 anos ou mais.
O projeto-piloto
Em maio de 2020, o projeto-piloto identificou na análise final dos dados que 4,8% (Intervalo de Confiança de 95%: 2,6-7,0%) das pessoas residentes nos bairros Água Rasa, Bela Vista, Belém, Jardim Paulista, Morumbi e Pari, equivalente a uma população de 298.240 habitantes, já haviam tido contato com o vírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19. Os moradores dessas regiões foram selecionados para participar do projeto e fizeram exame de sangue para identificação de anticorpos contra o vírus. Os seis distritos foram selecionados pelo projeto por apresentarem as mais altas taxas de casos e/ou óbitos da capital naquele momento.
Foram selecionadas aleatoriamente 1.152 residências localizadas nesses seis distritos e, segundo os resultados desta fase, um total de 299 residências participaram da pesquisa, tendo sido testadas 517 pessoas. Considerando a prevalência ajustada para o desenho do estudo de 4,8%, ao se fazer uma extrapolação para a população adulta residente nos distritos incluídos na pesquisa, estima-se que 14.017 indivíduos haviam sido infectados e tinham naquele momento anticorpos contra o novo coronavírus. Com esta projeção para a população em geral e o número de óbitos nos seis distritos durante a coleta de dados, pode-se calcular a letalidade da infecção, que foi estimada em 0,95%.
Mais informações sobre o projeto SoroEpi MSP podem ser encontradas no site, nas versões português e inglês, acessando: https://www.monitoramentocovid19.org/.
[atualizado 15/06]
Nesta segunda-feira, 15 de junho, teve início a nova fase da pesquisa de mapeamento para identificar a proporção da população que possui anticorpos contra o coronavírus SARS-CoV-2 na cidade de São Paulo, agora com financiamento do Todos pela Saúde.
Após o término do projeto-piloto, ocorrido em maio, o agora nomeado ‘SoroEpi MSP - Inquéritos soroepidemiológicos seriados para monitorar a prevalência da infecção por SARS-CoV-2 no Município de São Paulo’ será mais abrangente. A pesquisa cobrirá todo o município de São Paulo. Serão seis coletas seriadas, com visitas a 1.440 domicílios a cada etapa. Os resultados serão divulgados após cada etapa.
A partir dos resultados será possível estimar o percentual de pessoas infectadas pelo novo coronavírus residentes na cidade ao longo dos próximos seis meses ou enquanto persistir a pandemia. O projeto SoroEpi MSP, que também ganhou um site https://www.monitoramentocovid19.org/, tem o objetivo de subsidiar políticas públicas de prevenção e controle da pandemia da COVID-19, oferecendo informações robustas sobre o percentual de pessoas já infectadas que poderão estar, pelo menos em parte, protegidas contra o coronavírus. Estas informações são importantes para que as autoridades de saúde possam tomar decisões acerca das ações de combate ao vírus, ainda mais neste momento em que o relaxamento das medidas de distanciamento social vem sendo implantado na cidade de São Paulo.
A pesquisa é um projeto conjunto entre cientistas e médicos renomados com o apoio do Grupo Fleury, IBOPE Inteligência, Instituto Semeia e Todos pela Saúde - iniciativa lançada pelo Itaú Unibanco para enfrentar a COVID-19 e seus efeitos sobre a sociedade brasileira.
O estudo consiste em aplicar o teste sorológico para o diagnóstico da infecção pelo SARS-CoV-2 por meio da coleta de sangue que é processado e usado na detecção de anticorpos específicos para o vírus. Com os resultados destes testes, será possível estimar a fração de pessoas que já foram infectadas e que poderiam estar imunes ao vírus causador da doença.
A primeira ação dessa segunda etapa do estudo em campo, que teve início nesta segunda-feira, dia 15, terá duração de dez dias corridos. O intuito é abordar 1.440 domicílios que foram sorteados para esta etapa, para realizar as entrevistas e a coleta de exames com todos os seus moradores. As visitas serão realizadas por um entrevistador do IBOPE Inteligência, que aplicará um questionário, e um enfermeiro da a+ Medicina Diagnóstica, marca do Grupo Fleury, que será responsável pela coleta de sangue.
As amostras de sangue serão processadas e analisadas pela área técnica do Grupo Fleury por metodologia de identificação sorológica que irá apontar os indivíduos que ainda não tiveram contato com a doença e os que já produziram anticorpos para o SARS-CoV-2, inclusive podendo ter sido assintomáticos ou oligossintomáticos.
“Desta vez, com uma pesquisa que tem expectativa de ser realizada ao longo dos próximos seis meses e com uma abrangência muito maior de amostragem, conseguiremos identificar qual é a nova situação real da epidemia na cidade, o que será muito valioso para adoção de políticas públicas de saúde para a capital”, analisa Dr. Celso Granato, infectologista e diretor Clínico do Grupo Fleury, também pesquisador líder do projeto.
Seleção de domicílios
A cidade de São Paulo é composta por 96 distritos, distribuídos em seis regiões: Centro, Oeste, Sul, Sudeste, Leste e Norte. Para alcançar uma amostra de resultados que represente uma cidade de 11,8 milhões de habitantes, sendo 8,4 milhões com 18 anos ou mais, foram selecionados 120 setores censitários, que são unidades territoriais básicas dos Censos Demográficos do IBGE, sendo que dentro de cada setor também foram sorteados 12 domicílios, totalizando 1.440 residências.
Os moradores dos domicílios sorteados serão informados sobre a possibilidade de participação na pesquisa por meio de uma carta do IBOPE Inteligência e contarão com um canal para esclarecimento de eventuais dúvidas. Os indivíduos elegíveis para o estudo deverão ter 18 anos de idade ou mais e estarem em condições de entender a pesquisa e consentir a participação. Será mantido o anonimato de todos que participarem da pesquisa. Diferentemente do que ocorreu no projeto-piloto, todos os habitantes do domicílio sorteados farão parte da amostragem e serão convidados a participar da pesquisa. Como foi no projeto-piloto, os indivíduos serão informados dos resultados de seus exames – e não haverá pagamento de qualquer natureza para os participantes do estudo, seja para a coleta ou disponibilização do resultado do teste.
“A participação dos paulistanos nessa pesquisa é muito importante para contribuir com os trabalhos para entender a proliferação da COVID-19 na cidade. Todos os envolvidos neste estudo estão empenhados para ajudar com informação relevante em um momento tão delicado como o que estamos vivendo no País, o segundo com mais casos confirmados no mundo”, enfatiza Márcia Cavallari Nunes, CEO do IBOPE Inteligência.
A partir dos resultados dos testes sorológicos de diagnóstico da COVID-19 e das respostas do questionário pelos indivíduos, as prevalências de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 serão estudadas por meio de estimativas da fração da população que já foi infectada, levando-se em consideração os aspectos complexos do plano de amostragem (sorteio de conglomerados, estratificação e ponderação).
“A importância do projeto é que trará informações sobre a extensão da infecção na população em geral do município de São Paulo, pois trata-se de um estudo de base-populacional por amostragem probabilística. Além disso, ao serem realizadas medidas seriadas da proporção da população que já se infectou e produziu anticorpos contra o SARS-CoV-2, as autoridades sanitárias poderão monitorar a progressão da pandemia, inclusive prever novas ondas de aumento de casos graves da COVID-19”, afirma Dra. Beatriz Tess, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Estima-se que a imunidade coletiva entre 60 e 80% dificulta a transmissão do SARS-CoV-2. Nesse percentual, acredita-se que o vírus até consegue migrar de uma pessoa para outra, mas encontra, na maioria dos casos, um ser humano anteriormente infectado e, portanto, capaz de produzir anticorpos contra esse vírus, findando o contágio e permitindo o fim do isolamento.
A cada fase, os dados obtidos com a pesquisa do SoroEpi MSP serão compartilhados com outras autoridades de saúde e instituições de pesquisa e divulgados amplamente após o término do estudo, bem como serão posteriormente publicados em revistas científicas, sempre garantindo a confidencialidade dos dados pessoais dos participantes.
“Os resultados alcançados pelo projeto-piloto nos possibilitaram contar com o apoio de mais parceiros, como o Todos pela Saúde, o que será fundamental para expandir a abrangência do estudo e ampliar o conhecimento sobre a evolução da pandemia na cidade de São Paulo. Para isso é essencial, também, a colaboração das pessoas selecionadas para participar da pesquisa, abrindo suas casas para os pesquisadores e participando da coleta”, avalia Pedro Passos, presidente do Conselho de Administração do Instituto Semeia, organização apoiadora da pesquisa.
“Os resultados alcançados pelo projeto-piloto nos possibilitaram contar com o apoio do Todos pela Saúde, o que viabilizará a expansão da abrangência do estudo. Esperamos que a sistematização do conhecimento gerado sobre a evolução da pandemia auxilie na tomada de decisões conscientes, não apenas no Município de São Paulo, mas em outras regiões do Brasil”, avalia Pedro Passos, presidente do Conselho de Administração do Instituto Semeia, organização apoiadora da pesquisa.
Resultados do projeto-piloto
Em maio de 2020, o projeto-piloto identificou na análise final dos dados que 4,8% (Intervalo de Confiança de 95%: 2,6-7,0%) das pessoas residentes nos bairros Água Rasa, Bela Vista, Belém, Jardim Paulista, Morumbi e Pari, equivalente a uma população de 298.240 habitantes, já tiveram contato com o vírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19. Os moradores dessas regiões foram selecionados para participar do projeto e fizeram exame de sangue para identificação de anticorpos contra o vírus. Os seis distritos foram selecionados pelo projeto por apresentarem as mais altas taxas de casos e/ou óbitos da capital naquele momento.
Foram selecionadas aleatoriamente 1.049 residências localizadas nesses seis distritos e, segundo os resultados desta fase, um total de 299 residências participaram da pesquisa, tendo sido testadas 517 pessoas. Considerando a prevalência ajustada para o desenho do estudo de 4,8%, ao se fazer uma extrapolação para a população adulta residente nos distritos incluídos na pesquisa, estima-se que 14.017 indivíduos foram infectados e têm anticorpos contra o novo coronavírus. Com esta projeção para a população em geral e o número de óbitos nos seis distritos durante a coleta de dados, pode-se calcular a letalidade da infecção, que foi estimada em 0,95%.
Confira abaixo o documento aprovado na Plataforma Brasil.
Para acessar, realize os passos indicados:
1) Acesse a Plataforma Brasil a partir do link: https://plataformabrasil.saude.gov.br/visao/publico/indexPublico.jsf
2) Clique no ícone Confirmar Aprovação CAAE ou Parecer
3) Digite o número de cadastro abaixo no campo Número do CAAE: 31032620.0.0000.5474
4) Clique em Pesquisar
5) Consulte o Detalhamento e o nome dos responsáveis pela Pesquisa
[atualizado 13/09]
Começa nesta quinta-feira, 9 de setembro de 2021, a sétima etapa do projeto ‘SoroEpi MSP - Inquéritos soroepidemiológicos seriados para monitorar a prevalência da infecção por SARS-CoV-2 no Município de São Paulo’. O projeto, cujo objetivo é identificar a proporção da população que possui anticorpos contra o coronavírus SARS-CoV-2 na capital paulista, é uma ação entre cientistas e médicos renomados com apoio do Grupo Fleury, Ipec – Inteligência em Pesquisa e Consultoria, Instituto Semeia e Todos pela Saúde – iniciativa lançada pelo Itaú Unibanco para enfrentar a COVID-19 e seus efeitos sobre a sociedade brasileira. Esta nova fase é a segunda desde o início da vacinação na capital paulista.
O projeto SoroEpi MSP pretende subsidiar políticas públicas de prevenção e controle da pandemia da COVID-19, oferecendo informações sobre o percentual de pessoas já infectadas que poderão estar, pelo menos em parte, protegidas contra o coronavírus. Estas informações são importantes para que as autoridades de saúde possam tomar decisões acerca das ações de combate ao vírus.
O estudo consiste em aplicar o teste sorológico para o diagnóstico da infecção pelo SARS-CoV-2, realizado por meio de coleta de sangue, e usado para detecção de anticorpos específicos para o vírus. Os resultados dos testes permitem estimar a fração de pessoas que já foram infectadas e que podem ter desenvolvido imunidade ao vírus causador da doença.
A nova fase pretende abordar 1.280 domicílios sorteados para realização das entrevistas e das coletas de sangue com todos seus moradores acima de 18 anos. As visitas serão realizadas por um entrevistador do Ipec, que aplicará um questionário, e um técnico da a+ Medicina Diagnóstica, marca do Grupo Fleury, que será responsável pela coleta de sangue. As visitas ocorrerão de 9 a 18 de setembro de 2021.
Esta sétima etapa integra o estudo iniciado em um projeto-piloto em maio de 2020. Depois foram mais três fases ao longo do ano passado, realizadas em junho, julho e outubro. Em janeiro de 2021 e, mais recentemente, em abril foram realizadas a quinta e sexta etapas do estudo.
Seleção de domicílios
A cidade de São Paulo é composta por 96 distritos, distribuídos em seis regiões: Centro, Oeste, Sul, Sudeste, Leste e Norte. Para alcançar uma amostra de resultados que represente uma cidade de 11,9 milhões de habitantes, sendo 9,2 milhões com 18 anos ou mais, nesta etapa do projeto foram sorteados 160 setores censitários, que são unidades territoriais básicas dos Censos Demográficos do IBGE, sendo que dentro de cada setor também são sorteados 8 domicílios, totalizando 1.280 residências. Para a realização da pesquisa, foram criados dois estratos na cidade: distritos com maior renda e distritos com menor renda, sendo que cada um deles corresponde a cerca de metade da população pesquisada.
Os moradores dos domicílios sorteados são informados sobre a possibilidade de participação na pesquisa por meio de uma carta do Ipec e do Grupo Fleury, que contam com um canal para esclarecimento de eventuais dúvidas. Todos os habitantes dos domicílios sorteados farão parte da amostragem e serão convidados a participar da pesquisa, desde que tenham 18 anos de idade ou mais e estejam em condições de responder a pesquisa e consentir a participação, sendo que será mantido o anonimato de todos que participarem da pesquisa. Os indivíduos serão informados dos resultados de seus exames – e não haverá pagamento de qualquer natureza para os participantes do estudo, seja para a coleta ou disponibilização do resultado do teste.
A partir dos resultados dos testes sorológicos de diagnóstico da COVID-19 e das respostas do questionário pelos indivíduos, as prevalências de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 serão estudadas por meio de estimativas do percentual da população que já foi infectada, levando-se em consideração os aspectos complexos do plano de amostragem (sorteio de conglomerados, estratificação e ponderação).
Estima-se que a imunidade coletiva entre 60 e 80% dificulta a transmissão do SARS-CoV-2. Nesse percentual, acredita-se que o vírus até consegue migrar de uma pessoa para outra, mas encontra, na maioria dos casos, um ser humano anteriormente infectado e, portanto, capaz de produzir anticorpos contra esse vírus, findando o contágio e permitindo o fim do isolamento.
A cada fase, os dados obtidos com a pesquisa do SoroEpi MSP serão compartilhados com autoridades de saúde e instituições de pesquisa e divulgados amplamente após o término do estudo, bem como serão posteriormente publicados em revistas científicas, sempre garantindo a confidencialidade dos dados pessoais dos participantes.
3,5 milhões de infectados
A sexta etapa do SoroEpi MSP estimou que 3,5 milhões de pessoas, ou 41,6% da população adulta com 18 anos ou mais moradora da capital paulista, foram infectadas pelo coronavírus. Em comparação com a fase anterior, a pesquisa apontou aumento de 11,7 pontos percentuais na soroprevalência passando de 29,9% para 41,6%. Entre a quinta e sexta fase, ocorridas em janeiro e abril de 2021, respectivamente, o estudo indicou que cerca de um milhão de adultos foram infectados pelo SARS-CoV-2. O estudo mostrou que não foi detectada uma diferença de soroprevalência entre os vacinados e não vacinados.
Nesta fase, a soroprevalência, isto é, a frequência de indivíduos com anticorpos contra o novo coronavírus, mostrou um aumento significativo entre as pessoas com idade entre 35 e 44 anos. A prevalência nessa faixa etária é 1,4 vezes maior do que a observada entre os que têm 60 anos ou mais (51,3% versus 36,2%).
Os dados da pesquisa mostram que alguns fatores continuam estatisticamente relacionados com a taxa de prevalência. Em distritos mais ricos, por exemplo, a soroprevalência é menor (35,9%) do que a estimada para o total do município (41,6%), mas em contrapartida, nos distritos mais pobres do município, esse índice atinge 47,0%.
Na avaliação por grau de escolaridade, pessoas com até o ensino fundamental apresentam uma soroprevalência 1,8 vezes maior que indivíduos com nível superior completo (45,2% versus 24,7%). Situação semelhante ocorre em relação à raça/cor de pele: a soroprevalência é 1,4 vezes maior entre pessoas que se autodeclararam pretas e pardas quando comparadas às brancas (48,4% versus 35,0%).
Outro achado importante nessa fase da pesquisa é que foi detectada pela primeira vez uma diferença significante na soroprevalência entre domicílios com 1 e 2 pessoas e domicílios com 5 ou mais habitantes (34,3% versus 48,2%).
A sexta fase da pesquisa foi realizada entre os dias 22 de abril e 1 de maio de 2021 (58 semanas após o primeiro caso registrado na cidade). No período da coleta dos dados, 16,3% da população adulta da cidade já havia sido vacinada. Nesta etapa, foram analisadas 1.187 amostras de sangue dos participantes em 160 setores censitários. Foram sorteadas 8 residências em cada setor censitário.
Mais informações sobre o projeto SoroEpi MSP podem ser encontradas no site, nas versões português e inglês, acessando: https://www.monitoramentocovid19.org/.
Confira abaixo os horários de funcionamento e coleta das unidades durante o final do ano.
Publicação analisa o comportamento dos vírus respiratórios em crianças de 0 a 12 anos.
Estão abertas as inscrições para os Programas de Fellow em Diagnóstico por Imagem do Grupo Fleury.
Boletim traz o comportamento dos vírus respiratórios na população acima de 13 anos.