A função primordial dos exames de imagem é a exclusão de patologias que simulem as alterações clínicas das doenças degenerativas do SNC e a confirmação de alguns diagnósticos clinicamente presumidos através da demonstração de padrões típicos de imagens. Em determinadas situações os exames de imagem são mandatórios, principalmente na suspeita de algumas doenças potencialmente tratáveis, como alterações metabólicas, hematomas extra-axiais, algumas lesões neoplásicas e a hidrocefalia de pressão normal (HPN).
A TC pode ser empregada na avaliação da maioria das doenças neurodegenerativas, visando principalmente a exclusão de hematomas subdurais crônicos, tumores e HPN. A RM apresenta melhores resultados diagnósticos para a maioria das situações e deve ser o método de escolha na maioria dos casos. A única vantagem da TC frente à RM, nesse contexto, seria a caracterização de calcificações parenquimatosas, o seu menor custo e o menor tempo de exame.
Além da RM fornecer mais informações estruturais, algumas seqüências voltadas para análise funcional estão sendo desenvolvidas:
• a espectroscopia de prótons que permite a análise metabólica in vivo, tem se mostrado útil para o diagnóstico de determinadas doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer (DA) e a encefalopatia hepática, mesmo em condições subclínicas;
• a perfusão por RM está sendo estudada na DA, e talvez possa fornecer no futuro algumas informações equivalentes àquelas dos exames de medicina nuclear.
• a difusão por RM consiste na forma mais precoce e segura de se fazer o diagnóstico das doenças priônicas, particularmente na doença de Creutzfeldt - Jakob.
É muito importante especificar a suspeita clínica nos pedidos de exames, para que se possa direcionar o exame e aprimorar a sua aplicação com seqüências específicas.
As doenças degenerativas do SNC podem ser didaticamente divididas em 4 grupos clínicos:
1) Demência;
2) Bradicinesia;
3) Ataxia;
4) Fasciculações.